Nesta quinta-feira (14), às 18h, na praça Jerônimo Monteiro, será realizado o sarau informativo “Que haja Luz!”, que encerrará a agenda de homenagens à artista cachoeirense Luz del Fuego, organizada pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Semcult).
A programação será aberta ao público e contará com a participação de comissões de Direitos Humanos e da Mulher Advogada da subseção da OAB/ES, entidade que está apoiando a agenda promovida pela prefeitura.
Representantes desses setores jurídicos irão abordar a relação de Luz del Fuego com os Direitos Humanos e, também, debaterão sobre dados de violência contra as mulheres e como estas devem proceder diante desses fatos.
“Dora Vivacqua experimentou diversos tipos de violência de gênero, impostas na sua época, e se impôs, foi uma libertária e ambientalista à frente do seu tempo. O sarau ‘Que Haja Luz’ é uma oportunidade de homenagear essa figura forte que foi Luz Del Fuego e, ao mesmo tempo, de discutirmos sobre os desafios e as violências que as mulheres experimentam nos dias atuais”, comenta a advogada Kelly Freitas, representante da Comissão da Mulher Advogada.
Apresentações musicais e literárias farão parte do roteiro do sarau. Além disso, o público presente terá a oportunidade de apreciar uma roda de capoeira com mulheres que compõe o Grupo Mocambos.
“É impontante valorizar as mulheres, como Luz del Fuego, que revolucionaram uma época, que lutaram e ainda lutam para conquistar seus direitos em um mundo machista. Na capoeira também foi difícil. Antes, mulher só cantava e batia palma na roda. Atualmente comandamos a roda, organizamos, damos aula, lutamos uma luta que é diária, mas, a cada dia, alcançamos um patamar ainda maior, emponderando mais e mais a força feminina”, declara Kely Cristina Belato, professora da Associação Cultural Mocambos Capoeira.
“O sarau Que Haja Luz trará visão importante sobre os direitos da mulher, encerrando, assim, a tríade que compôs as reflexões do evento Luz Del Fuego. Através da arte estampada no muro na rua Rui Barbosa, abriu-se espaço para falas mais densas, para desmistificação de preconceitos e, ainda, para abordagem incisiva sobre direitos da mulher e o cenário atual; seu lugar na sociedade. As ações marcam um novo olhar sobre a personagem criada por Dora Vivacqua e cumprem seu papel no âmbito das políticas públicas”, avalia Valquíria Volpato, consultora interna da Semcult.