As medidas de segurança em Cachoeiro alcançaram resultados muito positivos em relação aos homicídios. O índice anual teve queda de 28%, na comparação entre 2017 e 2016 – 32 e 45 casos, respectivamente. As estatísticas foram divulgadas nesta semana.
Na opinião de delegados e oficiais das instituições da área, entre os principais fatores para a melhoria no município estão a crescente integração e as ações de inteligência, que buscam, nos últimos anos, minar a prática junto ao crime organizado.
A maior integração tem como base o Gabinete de Gestão Integrada, coordenado pelo prefeito Victor Coelho com participação das instituições, por meio de encontros mensais na cidade.
“Os números relativos a crime doloso contra a vida mostram que, sim, há muito a ser feito, mas também são evidência de que as ações foram bem implementadas. As forças de segurança têm feito um trabalho mais cirúrgico e agregado, com mais planejamento”, ressalta o secretário municipal de Segurança e Trânsito, Ruy Guedes Junior.
O trabalho preventivo para coibir novos homicídios teve grande participação na queda dos índices, na visão do comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Heron Roman.
Locais de conflito receberam maior atenção, na intenção de antecipar casos de acerto de contas e disputa entre grupos criminosos rivais. “Além disso, a PM contou com crescente apoio dos dados fornecidos pelo videomonitoramento da prefeitura e das rondas da Guarda Municipal”, afirma Roman.
Em 2017, a Guarda Civil Municipal esteve mais presente nas comunidades. Com a intensificação da Ronda Ostensiva Municipal, a corporação atendeu 3.753 ocorrências e recuperou 32 veículos.
Média regional também caiu
Quinto município capixaba mais populoso, Cachoeiro ajudou também a diminuir os índices na região sul, que alcançou queda de 7% nos homicídios. Durante o ano passado, houve remanejamento de soldados da Polícia Militar para áreas mais críticas, para aumento na repressão, medida que estaria entre as de maior destaque na diminuição de homicídios na região, segundo avalia o coronel Alessandro Marin, comandante de Polícia Ostensiva Sul (CPOSul).
Captura de foragidos e cerco ao crime organizado
Marin destaca também a maior integração entre as forças de segurança na cidade nos últimos anos e a intensificação, por parte da PM, no cumprimento de mandados de prisão para captura de foragidos da Justiça no sul.
Para representantes da Polícia Civil, a política atual da corporação tornou mais frequentes as investigações para ações pontuais, para dificultar as ações do crime organizado. O cerco e o acompanhamento estratégico das atividades criminosas estariam entre os pontos fundamentais para a queda nos assassinatos.
“É um conjunto, que inclui também aqueles órgãos que não são da polícia, mas fornecem informações que apoiam e ajudam a pautar o trabalho policial. São agências comprometidas em somar nesse grupo de ações”, destaca o delegado-chefe da Sétima Regional da Polícia Civil, Paulo Rogério Sousa.