O VIII Festival de Artes Cênicas de Cachoeiro de Itapemirim (Facci), que acontecerá de 26 de julho a 4 de agosto, terá dois espetáculos focados na inclusão de pessoas com deficiência: “Gente que dança” e “Cidade Fria”. As atrações, gratuitas, são indicadas para todas as idades, e farão parte da Mostra Paralela do festival.
O espetáculo “Gente que dança”, da escola de ballet Núcleo Cachoeirense de Dança, terá a participação de usuários da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e de cadeirantes. A atração ainda contará com a presença de alunos bolsistas do próprio Núcleo Cachoeirense de Dança, que vivem em situação de risco social, e de uma bailarina de 77 anos.
“Nosso espetáculo é uma somatória de muitos sentimentos e emoções, onde nossos alunos praticam a cidadania e um olhar sobre o outro sem isolar as diferenças existentes nos seres humanos. A trilha sonora será especial, e nos fará pensar e meditar sobre como estamos vendo as diferenças do outro. É a valorização da diversidade e a possibilidade de mostrar do que somos capazes” declara o diretor e professor da Núcleo Cachoeirense de Dança, Jeremias Shaydegger.
Já a peça bilíngue “Cidade Fria”, da Cia Encena, será reproduzida em língua portuguesa e Língua Brasileira de Sinais (Libras). Ela conta a história de amor entre Edu e Fernanda, um ouvinte e uma surda, que se relacionam além do som falado, com o sentimento que habita no sentir, no olhar e no abraço. Tendo como pano de fundo o período da Ditadura Militar no Brasil (1964-1985), a encenação tem como objetivo propor a possibilidade de criação de vínculos que independem de diferenças.
“Gente que dança” será apresentada no dia 31 de julho, às 19h30, no Teatro Municipal Rubem Braga. “Cidade Fria”, por sua vez, será encenada em 1º de agosto, na Sala Levino Fanzeres, (térreo do Palácio Bernardino Monteiro), também às 19h30.
“A arte é para todos. Desta forma, o VIII Facci traz esses dois espetáculos promovendo a diversidade. Isso é muito importante para o desenvolvimento social, da cidadania e da arte, valorizando assim a participação de todos os cachoeirenses, com ou sem deficiência” avalia o subsecretário de Cultura e Turismo, Lucimar Costa.