Cachoeiro de Itapemirim inicia, nesta segunda-feira (24), mais uma semana em “risco alto” para Covid-19. Contudo, por que o município permanece com essa classificação? Isso se deve à avaliação dos três fatores que são levados em conta pelo governo estadual na elaboração do mapa de risco do Espírito Santo.
O primeiro critério avaliado é o coeficiente de casos ativos (número de infectados por 100 mil habitantes) dos últimos 28 dias. Com data base de 19 de maio, Cachoeiro apresentou média móvel de 754 casos ativos, o que corresponde a um coeficiente de 358,11 contaminados – estando acima da cota de 298 contaminados e, portanto, recebendo a nota de “risco extremo” para esse indicador.
Outro critério avaliado é a média móvel de óbitos dos 14 dias anteriores à classificação. Cachoeiro apresentou média de 2,14 mortes diárias – municípios acima de 200 mil habitantes recebem nota para “risco extremo” nesse quesito se tiverem média acima de 1,8.
Também é levado em consideração o número de testes por 1 mil habitantes. Cachoeiro apresentou índice de 201,54 testes, ganhando nota para “risco leve” nesse critério (acima de 133 testes por 1 mil habitantes).
Com isso, somando as notas e levando em conta o peso de cada critério, a classificação de Cachoeiro foi para “risco alto”.
Para efeito de comparação: Vitória teve notas para “risco leve” em casos ativos (58,74) e testes por 1 mil habitantes (298,8), mas a média de óbitos foi de “risco extremo” (3,93); por isso, a capital do estado foi classificada com “risco moderado” no mapa do governo estadual. Colatina também alcançou índices de risco leve em casos ativos (82,11) e testagem (210,21), mas nota para “moderado” na média de mortes – recebeu classificação geral de “risco baixo”.
O nível de ocupação de leitos também é monitorado pelo governo estadual, mas a avaliação leva em consideração a realidade do estado como um todo. Caso o nível de ocupação ultrapasse os 90%, todos os municípios são classificados com “risco extremo”. Na última avaliação, a ocupação estava em 70,36% (nível de alerta).
Média móvel
A média móvel é calculada a partir da divisão do número de casos diários pelo intervalo de dias a ser calculado (28, para casos ativos; 14, para óbitos). Esse indicador permite avaliar se há tendência de queda ou elevação nos números. Em Cachoeiro, a média móvel não indica queda nos números.
“Se nós não tivéssemos um volume de testes alto, é possível que Cachoeiro recebesse até mesmo a classificação de ‘risco extremo’. É fundamental que cada cidadão faça a sua parte na pandemia, para que possamos enfrentar esse período tão desafiador da melhor forma possível”, disse o vice-prefeito de Cachoeiro, Ruy Guedes, que coordena o Serviço de Comando Operacional (SCO) para combate à Covid-19 na cidade.
Ações da Prefeitura de Cachoeiro
A partir de 1º de junho, quem não utilizar máscara de proteção contra o novo coronavírus em áreas públicas de Cachoeiro poderá receber multa, cujo valor mínimo é de R$ 997. Nas últimas semanas, equipes da Prefeitura estão abordando pessoas nas ruas para conscientizar a respeito da regra. Também é feito um trabalho lúdico, com personagens fantasiados nas ruas, a respeito do tema.
Além disso, a testagem tem sido ampliada, com a realização em profissionais do comércio e servidores que trabalham nas escolas. Outra ação importante é a limpeza de áreas públicas com hipoclorito de sódio, que acontece desde o início da pandemia.
Equipes de Fiscalização também realizam vistorias constantes em estabelecimentos comerciais para verificar o cumprimento das medidas restritivas.
Denúncias de desrespeito às normas podem ser feitas junto ao Disk Aglomeração, pelo telefone 153 (7h às 17h, todos os dias); pelo aplicativo de celular “Todos Juntos”; pelo Portal do Cidadão (www.cachoeiro.es.gov.br/ouvidoriageral), pela página Cachoeiro Online (www.cachoeiro.es.gov.br/online); pelo WhatsApp Cachoeiro Online (98803-9552, opção 4).