Com a necessidade de desocupação do Shopping Popular para execução de obras de macrodrenagem no Centro, os comerciantes do local escolheram o Mercado da Pedra Quincas Leão, no Guandu, para se fixarem provisoriamente.
A escolha é fruto de diálogo com a Prefeitura de Cachoeiro. Em reunião realizada nesta quinta-feira (19), a administração municipal explicou as etapas da obra e apresentou aos comerciantes três propostas de locais viáveis para transferência temporária. As outras duas opções apresentadas foram o espaço ao lado do Museu Ferroviário e o Mercado Municipal São João.
Pela localização privilegiada e boas condições estruturais, o tradicional prédio da rua Bernardo Horta, que passou por ampla reforma há 6 anos, foi a alternativa eleita pelos trabalhadores.
Na manhã desta sexta-feira (20), uma comissão de representantes dos comerciantes visitou o Quincas Leão para conhecer o espaço e definir, junto à Prefeitura, as adequações necessárias para a mudança. As intervenções serão feitas nos boxes atualmente desocupados, a partir da próxima semana.
Estão mobilizadas para o processo de transferência dos comerciantes equipes das secretarias municipais de Urbanismo, Mobilidade e Desenvolvimento Sustentável (Semurb), de Obras (Semo) e de Agricultura e Interior (Semai).
O objetivo é garantir que o Mercado da Pedra esteja apto a receber os trabalhadores o mais breve possível. No local, eles contarão com vantagens como maiores espaços para exposição de seus produtos e para circulação de clientes, além de mais segurança e melhores condições sanitárias.
A Prefeitura avalia que, em contrapartida, a presença dos comerciantes diversificará a oferta de produtos no Mercado, contribuindo para atrair um público maior para o espaço, o que beneficiará, também, os comerciantes de produtos do campo e alimentos já instalados no prédio.
A desocupação do Shopping Popular deve ser feita até o fim deste mês, para início das obras na rua César Missi, onde está instalado.
O vice-prefeito Ruy Guedes Junior, que participou da reunião de quinta-feira, reforçou a importância das obras de macrodrenagem e garantiu aos comerciantes o amparo necessário para que possam dar continuidade às suas atividades.
“A macrodrenagem é fundamental para darmos fim aos alagamentos, principalmente, no Nova Brasília, situação que, há anos, gera prejuízos e transtornos para os moradores da região. Explicamos isso aos comerciantes do Shopping Popular e assumimos o compromisso de garantir boas condições para que prossigam com seu trabalho e garantam o sustento de suas famílias”, destaca Guedes.
Durante a reunião, também ficou acordado que os comerciantes vão participar da construção da proposta de um espaço definitivo na região central para se fixarem após as obras de macrodrenagem, que incluem requalificação urbanística na área e devem ser executadas em cerca de um ano.
Investimento de R$ 55 milhões
Fruto de um investimento de R$ 55,2 milhões, com recursos do Governo do Estado do Espírito Santo, a obra de macrodrenagem também inclui serviços de pavimentação, urbanização e paisagismo, além de sinalização horizontal, vertical e semafórica.
Vias contempladas: trecho da Linha Vermelha – 1,385 km, rua Etelvina Vivácqua – 0,734 km (rua Etelvina Vivácqua 0,340 km; rua Manoel D. Monteiro 0,064 km; rua Manoel da C. Carvalho 0,210 km; rua Maranhão 0,120 km), área no entorno da antiga Estação Ferroviária – 0,850 km (rua Cel. Francisco de Braga – 0,400 km; rua Pedro Dias – 0,100 km; rua César Missi – 0,060 km; rua Prof. Quintiliano – 0,210 km; rua Basílio Pimenta – 0,080 km), além de um segmento da Av. Beira Rio – 0,220 km.