No próximo dia 12 de janeiro, data em que nasceu o cronista cachoeirense Rubem Braga (1913-1990), a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Semcult) de Cachoeiro realizará mais uma edição do projeto “Braganiano”, em homenagem àquele que é considerado um dos maiores cronistas brasileiros.
A programação terá início na Casa dos Braga, situada na rua 25 de Março, com a inauguração da exposição “Palavras”, que o público poderá conferir, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
A instalação imersiva apresentará frases de Rubem Braga retiradas de várias crônicas escritas ao longo de sua vida, com projeções de trechos e imagens, além da transmissão de áudios na voz do próprio homenageado, elementos que abrilhantarão a atmosfera literária na casa onde viveu.
As atividades do projeto “Braganiano” terão prosseguimento nos dias seguintes, com ações em bibliotecas do município voltadas para o público infantil.
Em 13 de janeiro, a Biblioteca Distrital “Professor José Barros da Silva”, em Itaoca, receberá uma apresentação do projeto “Bosque de Livros”, às 9h.
Enquanto no dia 14 de janeiro, as bibliotecas “Beatriz de Oliveira Santos (Paraíso) e “Roney Argeu Moraes” (Pracinha da Cultura), receberão, às 8h30 e 10h30, respectivamente, atividades de contação de histórias e apresentação de cosplayers – atores trajados com fantasias de personagens famosos.
“Celebrar o legado de nosso grande cronista Rubem Braga é sempre uma alegria, pois sua produção literária é uma dádiva para nós, cachoeirenses. Sempre em nossas comemorações, buscamos focar, principalmente, na promoção da leitura entre as crianças, para que cresçam reconhecendo e reverenciando os grandes nomes de nossa literatura, entre eles, Rubem e Newton Braga”, destaca Fernanda Martins, secretária municipal de Cultura e Turismo de Cachoeiro.
Filho ilustre de Cachoeiro
Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, em 1913, Rubem Braga iniciou sua carreira como jornalista, aos 15 anos, assinando crônicas no jornal Diário da Tarde. Ele também se formou em Direito, mas nunca exerceu a profissão. No jornalismo, no entanto, atuou em trabalhos muito relevantes – sendo correspondente de guerra junto à Força Expedicionária Brasileira, durante a Segunda Guerra Mundial; colaborando com diversos periódicos e participando, também, de antologias, como a “Antologia dos Poetas Contemporâneos”.
Em 1936, lançou o primeiro livro autoral de crônicas intitulado “O Conde e o Passarinho” e, em seu legado, o escritor deixou outras obras como “A Borboleta Amarela” (1955), “A Cidade e a Roça” (1957) e “As Boas Coisas da Vida (1988). O escritor morreu no dia 19 de dezembro de 1990, no Rio de Janeiro. Foram 62 anos de jornalismo e mais de 15 mil crônicas escritas reunidas em seus livros.